O Romantismo em Portugal
Tópicos:
- Introdução ao tema;
- Literatura;
- Arquitectura;
- Pintura e Escultura
Introdução ao Tema
Processo de instauração do romantismo foi lento e incerto. Afirmou-se entre nós como uma cultura de importação. O seu marco inicial foi a publicação do poema Camões de Almeida Garrett em 1825; O romantismo constitui uma tomada de consciência e uma conquista de um senso histórico e de um senso crítico novo aplicado aos fenómenos da cultura. O romantismo em Portugal durou cerca de 40 anos. Terminou por volta de 1865 com a “Questão Coimbrã”.
- A primeira geração do romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840.
- A segunda geração vai de 1840 a 1860.
- A terceira geração, de 1860 a 1870, aproximadamente.
Literatura
O Romantismo entra na Literatura portuguesa com a publicação dos poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Almeida Garrett. Ao Romantismo interessam os temas grandiosos. Mas, por vezes, essa ânsia de infinito debate-se dolorosamente, dramaticamente, com as suas limitações humanas, o que dá lugar ao desânimo. A mesma ânsia de liberdade artística projecta-se na busca ansiosa de um mundo melhor, um mundo onde os homens sintam o domínio da justiça e se encontrem como irmãos, um mundo literário cheio de paixões exaltadas, de traições, de malfeitores, de ambientes horrendos e mórbidos, ou um mundo de sonho, vivido na solidão, em contacto com uma natureza turbulenta, alvoroçada, sombria, ao pôr do sol, durante a noite, nas estações românticas (Outono e Inverno), povoada de receios, de fantasmas, de visões aterradoras, em oposição à natureza resplendente dos clássicos, com ninfas e faunos.
Arquitectura
A arquitectura do período romântico em Portugal surgiu por via inglesa. Ela segue o estilo Neomanuelino e inspira-se no passado medieval. Recorre a uma decoração baseada nas formas mais superficiais dos estilos artísticos medievais. A arquitectura romântica teve início com o Palácio Nacional da Pena em Sintra. Foi o monumento mais representativo do espírito romântico.
Pintura
Domingos António Sequeira inicia o percurso romântico, simbolizado pela desaparecida pintura “Morte de Camões”. A sua pintura religiosa é notável. Os restantes artistas, em consequência da instabilidade vigente, só mais tarde conseguem aderir, ao tentar ultrapassar o classicismo. Considera-se que a pintura romântica portuguesa desenvolve-se apenas depois da vitória liberal.
Escultura
A escultura romântica é dominada pelo sentimento. Surge a representação da natureza, nomeadamente de animais, sem a presença humana. Em Portugal a escultura oscila entre o estilo clássico e o naturalismo. O fim das guerras liberais e o crescente nacionalismo são visíveis nos temas heróicos e históricos.